No último ano do milênio passado haviam sido notificadas 355 mortes nesse tipo de situação. Já em 2017, último ano com dados públicos, foram 1.271 óbitos, sendo que desde 2005 o número de mortes tem aumentado.
Para se ter noção do que esse aumento representa, hoje as quedas fatais já são o terceiro maior fator de mortes por causas externas no estado. Em 2000 as mortes relacionadas a quedas representavam 5,2% do total de óbitos por causas externas, que foram 6.812 naquele ano. A título de esclarecimento, as mortes por causas externas são aquelas em que o falecimento independe do que acontece ao organismo humano. Já em 2017, quando foram registradas 8.603 mortes por causas externas, as ocorrências envolvendo quedas responderam por 14,8% dos falecimentos.
Escorregões e tropeços são os que mais matam.
O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) também nos permite descobrir quais os tipos de quedas que mais provocam mortes no Paraná. E no período analisado, curiosamente, foram as quedas de mesmo nível (escorregões, tropeços e passo em falso) que mais provocaram fatalidades: 3.082, o equivalente a 22,62% do total. Na segunda colocação aparecem as ocorrências de queda de ou para fora de edifícios (937, ou 6,88%), seguido ainda pelas quedas de leito (302, ou 2,22%).
Já com relação à faixa etária, são justamente os idosos os que mais sofrem com esse tipo de situação. Dentre todas as mortes por queda registradas entre 2000 e 2017, 41,66% dos casos a vítima tinha 80 anos ou mais, em 19,02% entre 70 e 79 anos, eem 10,57% tinham de 60 a 69 anos. Ou seja, dos 13.624 casos registrados no período, em 9.707 a vítima tinha 60 anos ou mais. Os dados ainda mostram que, quanto mais idade a pessoa tiver, maior é o risco de vir a sofrer uma queda fatal.
Fonte: Bem Paraná.