O Brasil terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2020-2022. O dado divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) trás entre os principais alertas a importância do financiamento de pesquisas que contribuam para o avanço da detecção precoce e o tratamento da doença.
No Paraná, a Fundação Araucária tem feito investimentos significativos neste tipo de pesquisa.
Inúmeras campanhas destacam a importância de descobrir a doença no início, quando são grandes as chances de cura, e muitos estudos estão sendo realizados com o objetivo de buscar mecanismos que facilitem a detecção do câncer. A pesquisa “Biosensores Baseados em Ressonância de Plasmons de Superfície para Detecção Precoce de Câncer de Ovário e de Próstata”, financiada pela Fundação Araucária, obteve importantes resultados neste aspecto.
O coordenador do projeto, professor do Laboratório de Química de Materiais e Sensores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Emerson Marcelo Girotto, explica que nos estágios iniciais do câncer o corpo produz quantidades muito pequenas dos chamados marcadores da doença (biomoléculas usadas para detectar o câncer) o que dificulta que os equipamentos comuns de análise enxerguem essas substâncias.
De acordo com o professor, o estudo é realizado a longo prazo e deve resultar na invenção final de um equipamento ou sistema sensorial que possa detectar, sem sombra de dúvidas, um câncer em seus estágios iniciais e para isso ainda é necessário passar por testes com seres humanos.
Fonte: AEN-PR