De acordo com dados do Corpo de Bombeiros do Paraná, foram 3 mil e 793 casos nos seis primeiros meses deste ano. Em 2017, foram registrados 2 mil e 516, um aumento de 44%.
De acordo com o Simepar, não há previsão de chuvas para o Noroeste nos próximos 15 dias, o que pode agravar ainda mais a situação. A capitã do Corpo de Bombeiros do Paraná, Rafaela Diotalevi, explicou que quando chove menos o mato fica mais seco e, consequentemente, existe maior probabilidade de incêndios ambientais. Os focos, no entanto, não são provocados apenas por causas naturais.
O Corpo de Bombeiros tem algumas recomendações para evitar novos focos de incêndios, como não colocar lixos em terrenos baldios, não soltar balões e não jogar bitucas de cigarros perto de rodovias, principalmente nas regiões com mata. Caso alguém presencie outra pessoa colocando fogo sem autorização, o órgão alerta que é preciso ligar imediatamente para o telefone 193 e fazer uma denúncia. Há equipes disponíveis 24 horas por dia para atender as demandas. Segundo a capitã Rafaela, provocar incêndios sem a devida autorização é considerado crime ambiental.
A preocupação com incêndios florestais entrou na pauta da política local e nacional em 1963, ano em que o Paraná foi palco do pior incêndio já registrado na história do País. Ao todo, 128 municípios dos Campos Gerais e das regiões Central e Norte foram atingidos, cerca de 10% do território do Paraná foi consumido por chamas e 110 pessoas perderam a vida. A causa das queimadas, segundo pesquisadores da época, foi a combinação de estiagem prolongada, baixas temperaturas e queimadas agrícolas para limpeza de terrenos.
A queimada agrícola para limpeza de áreas é um procedimento legal, mas deve ser usado com muita cautela, como alerta o Instituto Ambiental do Paraná. Os agricultores, além de autorização, precisam seguir as regras estipuladas pela entidade, como fazer limpezas de faixas de dois a três metros de largura na área que vai ser queimada e respeitar os limites de áreas florestais e reservas de área permanente.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social