O Governo do Estado promove uma série de medidas para minimizar o impacto da crise hídrica provocada pela maior estiagem dos últimos 50 anos, que reduziu o nível dos rios e reservatórios de abastecimento de água de todo o Paraná. A economia de água por toda a população, porém, é fundamental para evitar o desabastecimento nos próximos meses.
De acordo com o Simepar, o volume de chuvas no Estado só deve se normalizar em setembro.
O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Márcio Nunes, lembrou que este é um momento de pandemia e é preciso que todos colaborem economizando para que não falte água.
Importantes bacias hidrográficas do Estado estão com os menores volumes de água em décadas. No Rio Iguaçu, é o menor volume em 90 anos e o Rio Tibagi está com o nível mais baixo dos últimos 41 anos.
Todas as regiões do Paraná são afetadas pela falta de água, mas a situação mais crítica é na metade Leste do Estado, com impacto maior Região Metropolitana de Curitiba, onde o nível médio das barragens da Sanepar está em 43%.
Dos quatro reservatórios, o mais preocupante é o de Iraí, que tem apenas 17% do volume. A Sanepar opera em um sistema de rodízio do fornecimento na Grande Curitiba. No período de um ano, o volume de chuvas no Paraná diminuiu de 30% a 90%, variando em cada região. A estiagem foi ainda mais intensa no último trimestre, entre os meses de março e maio.
A vazão de alguns reservatórios das usinas operadas pela Copel é a menor dos últimos 40 anos, principalmente as localizadas na Bacia do Rio Iguaçu. O fornecimento de energia só não foi impactado porque o sistema elétrico nacional é integrado, e o Paraná recebe a carga de outras regiões do País, por meio do Operador Nacional do Sistema.
De acordo com o diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, é preciso que as prefeituras assumam o papel de reforçar a campanha pela economia de água, para que, junto com os protocolos de emergência acionados pela companhia, a duração da água nos reservatórios seja maior.
Fonte AEN