Segundo dados do Ministério da Educação, 49% dos alunos que entraram na universidade em 2010 haviam deixado seus cursos quatro anos depois.
O problema apresenta dois aspectos graves: o primeiro é o custo financeiro. Cada aluno que abandona a universidade pública (ou particular com financiamento público) gera desperdício de recursos para o Tesouro.
O outro aspecto é social: o abandono do ensino superior tem como consequência a falta de profissionais qualificados em muitas áreas, e pode atrasar a entrada de jovens no mercado de trabalho.
O Ministério da Educação defende que a reforma do Ensino Médio tende a amenizar a situação, já que prevê a orientação profissional para alunos nos anos finais da escola. Mas, se a medida pode ajudar a resolver parte do problema – o desencanto de estudantes com o curso escolhido – nada faria para resolver outros dois: o despreparo educacional e a falta de recursos financeiros.
A conta, porém, não inclui outras consequências negativas do abandono, como a falta de profissionais em determinadas áreas (especialmente nas ciências exatas). Segundo especialistas, o despreparo do aluno – em grande medida consequência da má qualidade do ensino básico – é a principal explicação para a alta evasão no ensino superior.
Fonte: Gazeta do Povo