Após quase dois meses de suspensão, na última sexta-feira a Secretaria de Estado da Saúde autorizou a retomada, de forma parcial, das cirurgias eletivas no Paraná.
A medida tem o objetivo de diminuir as filas que naturalmente se formaram no estado em função da crise causada pelo novo coronavírus. Neste primeiro momento, porém, a retomada ainda deve acontecer de forma lenta e com muitas restrições, o que implicará, possivelmente, na necessidade da realização de mutirões nos próximos meses.
Conforme dados do Ministério da Saúde, entre março e junho, primeiros meses da pandemia, o Paraná fez cerca de 29 mil procedimentos eletivos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que significa uma queda de 55,15% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando haviam sido realizados quase 65 mil cirurgias desse tipo.
No Paraná, as cirurgias eletivas estavam suspensas desde o dia 24 de julho. Desde então, vinham sendo realizadas apenas cirurgias de urgência e emergência, com o objetivo de evitar o uso de medicamentos anestésicos e relaxantes musculares. Àquele tempo, os casos de Covid-19 estavam em acelerado crescimento no estado e havia risco de desabastecimento de alguns medicamentos.
Na última sexta-feira, saiu uma nova Resolução da Secretaria de Estado da Saúde (número 1026/2020), a qual sugere que sejam suspensos apenas os procedimentos que demandem terapia intensiva no pós-operatório e/ou em pacientes sob anestesia geral (procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia não se aplicam). A medida atende pedido do Conselho Regional de Medicina (CRM-PR), feito depois de ouvidas diversas especialidades médicas.
Fonte: Bem Paraná.