Mesmo com a mudança no consumo, que deixou as cafeteiras e se concentrou no lar, por conta das restrições de movimentação nas cidades, o consumo do produto aumentou 35% em março, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Ricardo de Souza Silveira.
Ricardo destacou que isso é atípico, mas foi devido à quarentena, descartou a possibilidade das indústrias de café terem problemas mais significativos por conta da pandemia do coronavírus, e avaliou que podem ocorrer dificuldades de logística, afetando a entrega de um ou outro produto, mas que seriam pontuais.
O executivo pontuou, no entanto, que, apesar do consumo dentro de casa compensar a queda na demanda fora, há uma preocupação da indústria com a situação das cafeterias. Explicou que esses estabelecimentos costumam trabalhar com uma bebida de qualidade superior e poucas opções de produtos além do café.
Segundo o presidente da Abic, a expectativa para os próximos meses é de manutenção dos níveis de consumo. Mas ele admite que a indústria está receosa em relação à situação econômica dos consumidores. Não significa, que o brasileiro deixará de tomar café, mas pode reduzir a quantidade consumida diariamente.
“Apesar do café significar pouco em matéria de preço no consumo das famílias, estamos um pouco receosos. Mas a expectativa é de manter os níveis do último ano”, afirmou.
Fonte: Coopercam