CLIQUE AQUI PARA LER A ATUALIZAÇÃO: CORPO DA FILHA DE MULHER QUE BUSCAVA PARENTES EM PETRÓPOLIS É RECONHECIDO
No que sobrou do Morro da Oficina, um dos locais mais devastados pela chuva em Petrópolis, uma mulher com uma enxada tentava abrir caminho na lama, atrás da filha e da afilhada.
“Tem que mexer, mas ninguém tá mexendo. É uma bebê de 1 ano sem respirar debaixo dessa lama. Você consegue?”
Em seis horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro.
A mãe de uma adolescente de 17 anos chamava desde cedo o nome da filha em busca de uma resposta: Duda.
As buscas na região chegaram a ser interrompidas por conta do risco de um deslizamento de pedras, mas logo foram retomadas.
Em outro ponto, Adalton Oliveira gritava pelo nome da filha e tentava cavar com as mãos para tentar chegar até o ponto onde ele acredita que está a menina: "Ela está aqui, ela está aqui. Cadê a minha filha?", clamava o homem, agachado, aos prantos.
Incansável, Adalton ajuda nas buscas feitas na área onde ficava o bar da família. Ali estão soterradas Eliane, de 44 anos, e Ana Clara, de 7. Sem informações sobre elas, o comerciante já convive com o luto: Lucas, de 21 anos, outro filho do casal, foi levado pela enxurrada e encontrado morto.
— Minha esposa pediu para eu ir lá em cima buscar o Lucas com medo da barreira cair. Quando cheguei, peguei ele e ouvi os estalos da casa. Nós ouvimos a barreira e fomos pular para o sentido contrário, mas ele escorregou e foi levado. Aí eu desci para ver minha filha e esposa e vi que a barreira tinha as levado também — contou ele, bastante emocionado.