DEPRESSÃO, ESTAMOS CONVIVENDO COM MAIS UMA EPIDEMIA

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DEPRESSÃO, ESTAMOS CONVIVENDO COM MAIS UMA EPIDEMIA

É necessário prestar atenção nas emoções e procurar ajuda medica e psicológica. Existe tratamento, existe vida, existe saída


Saúde


 Quando lemos essa notícia levamos um susto já que não nos recuperamos ainda dos efeitos da pandemia do covid 19. A maioria das pessoas acha que depressão é um problema simples,  apenas mais uma doença, entretanto venho dizer que  de simples a depressão não tem nada .Tudo na depressão tem o selo da complexidade humana, desde a forma em que ela se apresenta, passando pelas faixas etárias, pelas mais variadas causas e até pelas diferentes respostas do paciente ao tratamento, não são minhas as palavras mais uma famosa medica psiquiatra diz que a depressão é a mais humana das doenças, porque as pessoas acometidas pela depressão nos fazem pensar que a maioria das realidades instituídas e legitimadas não tem se mostrado capazes de  produzir “ felicidade”.

Ocorrendo com maior incidência entre as mulheres a depressão possui muitas características especificas e peculiares, elas são de grande valia na escolha do tratamento a ser adotado existem vários tipos de depressão cito alguns: clássica, a psicótica, a depressão atípica (mulheres principalmente) a efetivo sazonal que chamamos de TAS, a distimia, a bipolar a pós –luto a pós trauma e assim por uma dezena de nomes vamos classificar sintomas e ocorrências que conduzem aos diagnostico.

Chamo atenção para o fato de que a lista por mais longa que pareça é atualizada sempre com detalhes que cada paciente relata, porem na tentativa de classificar a doença, se rotula o sujeito e isso não faz sentido. O que busco é tentar ao máximo fazer uso de ferramentas apropriadas para avaliar a dor, a tristeza persistente, o sofrimento e o desespero que acomete diariamente quem sofre desse mal.

Depressão precisa ser tratada, e sabemos ainda muito pouco sobre nós mesmos enquanto individuo as, o que está aparente ainda é uma fração do que nos constitui, no caminho dessas descobertas resta-nos manter o respeito e a empatia com a dor do nosso semelhante.

Ignorar esse assunto é fechar os olhos para outro gigante, o suicídio, esse é mais letal que homicídios e guerras somados (dados OMS em 2020). É bom lembrar que nem toda pessoa que enfrenta depressão ocorrerá em suicídio, porém não nego que e nem subestimo o fator de risco relevante que esta doença representa dentro do fenômeno na morte provocada. Por isso é importante a detecção precoce da doença o tratamento assertivo aliado a desmistificação e informação dessas doenças junto a população em geral.

O estigma impede muitas pessoas de procurarem ajuda, ninguém se suicida sem que haja em sua mente grandes doses de desespero, desesperança.  E sentimentos de incapacidade. Não cabe a nós profissionais da saúde julgar os pensamentos e emoções. Nosso papel é acolher ficar ao seu lado e buscar alternativas que minimizem ou cessem a dor sombria que os assola.

 

Como psicóloga, reforço:

É necessário prestar atenção nas emoções e procurar ajuda medica e psicológica caso:

Sentir tristeza persistente e sobrecarga e sempre acompanhado da sensação de cansaço físico.

Não conseguir ter momentos de prazer ou de descanso

Se sentir infeliz na maior parte do dia

Tiver problemas com relação ao sono, dificuldades para dormir, ou dificuldades em querer levantar

Tiver passado por algum trauma ou luto.

Você ou alguém muito próximo adoeceu e vá se sente inseguro ou desenvolvendo comportamentos estranhos.

Pensamentos recorrentes sobre a morte.

Estiver passando por uma fase de transição por exemplo:  fim de relacionamentos, desemprego ou recolocação profissional ou aposentadoria.

Existe tratamento, existe vida, existe saída.

 

 

Texto encaminhado por Psicóloga Nezia Santos


28/04/2022
08:40
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