Oito em cada dez pessoas empregadas no setor privado paranaense têm a Carteira de Trabalho assinada. O Estado apresenta a terceira melhor taxa de formalidade do Brasil, com 81,3% de empregados com registro em carteira, atrás apenas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
É o que mostra o recorte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua, Pnad Contínua, divulgada nesta semana pelo IBGE. O Paraná chegou ao segundo trimestre com uma taxa de desocupação de 4,9%, a menor em quase 10 anos.
O resultado é 0,5 ponto percentual mais baixo que o trimestre anterior, quando o índice de desemprego estava em 5,4%, e está bem acima da média nacional, que fechou em 8% entre abril e junho. O bom desempenho no mercado de trabalho também se reflete na formalidade. A proporção de trabalhadores com carteira no Estado aumentou 0,9 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano, quando era de 80,4%.
O índice atual é o melhor em dois anos, no segundo trimestre de 2021, a taxa de formalidade era de 83,1%. Com exceção dos estados do Sul, em todos os outros a taxa de empregados com carteira assinada no setor privado fica abaixo dos 80%. O menor índice é do Maranhão, com 49,3% no segundo trimestre do ano. Já a média nacional ficou em 73,7% no último período analisado pela Pnad Contínua.
O Estado também registrou, no segundo trimestre de 2023, a menor taxa de subutilização da força do trabalho em nove anos. O índice de 10,8% diz respeito à população com 14 anos ou mais que estava desempregada, em busca de emprego e disponível para iniciar um trabalho ou trabalhando menos do que 40 horas semanais.
O o diretor-presidente do Ipardes, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Jorge Callado, ressalta que a queda do desemprego e da subutilização da força de trabalho no Estado está diretamente relacionada ao notável desempenho da economia local, com taxas relevantes de crescimento do PIB.
O percentual mais baixo da série histórica da Pnad Contínua foi registrado no quarto trimestre de 2014, quando a taxa de subutilização foi de 8,7%. A última vez que ficou abaixo do índice atual foi no trimestre seguinte, com índice de 10,6%.
A subutilização da força do trabalho teve um pico durante a pandemia de Covid-19, chegando a 20,9% no terceiro trimestre de 2020. A taxa, porém, vem caindo continuamente desde então. Ela representou uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2023 e de 2,9 pontos percentuais na comparação com o mesmo período do ano passado.
No Brasil, a subutilização chegou a uma média de 17,8% no último trimestre analisado. Entre os estados brasileiros, apenas Rondônia e Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul têm índices melhores que o Paraná nesse recorte.
Fonte AEN.