A cada três minutos, uma pessoa é afastada do trabalho no Paraná. Assim foi no segundo semestre de 2023 (entre os meses de julho e dezembro), período no qual foram concedidos 99.096 benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) no Paraná, o equivalente ainda a 539 afastamentos por dia. Os dados são do Ministério da Previdência Social, compilados através do Portal Brasileiro de Dados Abertos (dados.gov.br).

    O levantamento considera dois tipos de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS): o auxílio-doença por acidente de trabalho e o auxílio-doença previdenciário. Ambos são concedidos aos empregados segurados que sofrem algum tipo de acidente ou adoecem, de modo a não terem condições de retornar ao trabalho, quando o afastamento é superior a 15 dias corridos.

    O auxílio-doença acidentário, como o próprio nome indica, é concedido ao empregado que sofreu acidente de trabalho ou foi acometido por doenças ocupacionais (doenças contraídas ou agravadas pelo trabalho). Já o auxílio previdenciário beneficia trabalhadores que contraem doença sem qualquer nexo causal com o trabalho em si.

    O auxílio-previdenciário, inclusive, é mais comum: dos 99.096 benefícios concedidos no segundo semestre de 2023, 93.835 (94,7% do total) eram desse tipo, enquanto outros 5.261 benefícios (5,3%) eram do tipo acidentário.

    Os dados do INSS revelam ainda, com base na CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde), quais os principais motivos para os afastamentos do trabalho.

     Na primeira posição aparece a “síndrome do manguito rotador”, problema também conhecido como “ombro do nadador” e que consiste no inchaço dos tecidos (tendões) que ligam os músculos e ossos do ombro. No segundo semestre de 2023, 2.261 trabalhadores foram afastados por esse motivo.

     Na sequência aparece a dor lombar baixa (dor na lombar), com 2.080 registros.

     Outro destaque é a hérnia de disco, que provocou o afastamento de 2.070 trabalhadores no período analisado. A doença é dividida em duas CIDs (M51.1 e M51), que designam os transtornos de discos lombares e intervertebrais. Juntas, elas somam 2.775 registros.

     Fratura no punho, dor na coluna lombar, pedra na vesícula, hérnia na virilha, fratura nos dedos, personas, da clavícula e outros problemas como episódios depressivos, câncer de mama, apendicite aguda e transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas também aparecem com destaque no levantamento.

Fonte Bem Paraná.