Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílio (Pnad) de dezembro de 2023, o país tem 6,08 milhões de empregados domésticos (são todos os que prestam serviços em residências como doméstica, jardineiro, motorista, mordomo) trabalhando.
Destes, 5.539 milhões são mulheres (91,1%), e homens são apenas 540 mil (8,9%). Os dados da Pnad mostram ainda que a grande maioria são mulheres negras, com média de idade de 49 anos e apenas 1/3 têm carteira assinada, recebendo em média um salário-mínimo.
Dos mais de 6 milhões de empregados domésticos, a média de salário é de apenas R$ 1.146,00, menos de um salário-mínimo, e a maioria são diaristas.
Segundo a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) Paula Montagner, o emprego doméstico no país apresenta queda em relação a dezembro de 2019, quando começou a pandemia do Covid-19.
Além da redução do trabalho doméstico, também diminuiu o número de trabalhadores com carteira assinada. Em dezembro de 2023, eram 1.422 milhões de trabalhadores, e em 2019 tinham 1.725 milhões de pessoas.
A maioria das pessoas tem carteira assinada por mais de 2 anos. A lei da empregada doméstica foi aprovada em 2015, para resguardar os direitos das domésticas, mas os dados mostram ainda que é necessário avançar para garantir os direitos destes trabalhadores.
Fonte Rede Nacional de Rádio em Brasília.